TRABALHO POSTURAL NAS DTM's
- Mauricio Boaretto
- 7 de mar. de 2017
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O Trabalho Postural nas DTM's é baseado na reeducação postural global, através de exercícios ativos excêntricos, nos quais temos ao mesmo tempo o aumento de tensão e realização do movimento de alongamento voluntário do músculo.
Esse tipo de exercício é o que mais rapidamente estimula adição de sarcômeros em série produzindo alongamento, hipertrofia muscular e remodelação do tecido conjuntivo.
Tais exercícios contemplam a demanda do corpo no que diz respeito a reeducação postural, pois a tendência da nossa musculatura antigravitacional é de encurtar, perder flexibilidade. Os exercícios são realizados à luz da noção da globalidade, que se traduz na organização das cadeias musculares/miofasciais, onde se pretende não permitir nenhuma compensação durante a postura de alongamento. A respiração é chave nesse processo, sendo trabalhada junto com a postura de alongamento, (SOUCHARD, 1996).
Segundo BIENFAIT (1999), em termos de reeducação, o homem deve ser visto de forma global, e globalidade significa analisar o sujeito como um todo seja qual for e onde estiver instalada a desordem, e conclui que há uma grande relação entre disfunções da ATM e alterações posturais, e ainda, que o tratamento fisioterapêutico é de extrema importância na equipe multidisciplinar, considerando o indivíduo globalmente.
ARAGÃO (1988), comprovou em suas experiências que alterações posturais levam a alterações oclusais e vice-versa. Seus resultados sugerem ser possível melhorar a postura corporal global através de correções ortopédicas e da correção funcional.
ROCABADO et al. (1979), propôs que a terapia com pacientes portadores de alterações oclusais deve propiciar alongamento e fortalecimento da musculatura corporal.
TESSITORE (1995), sugeriu que pacientes com alterações oclusais devem receber terapia direcionada não apenas à face, mas à cintura escapular como um todo.
Segundo BRICOT (1999) corrigir a postura, lutar contra o ato de apertar os dentes, os microgalvanismos são os pontos fundamentais para a obtenção do sucesso de um tratamento crânio-mandibular. O profissional responsável pelo tratamento da oclusão deve conhecer perfeitamente a posturologia, pois a troca de maus procedimentos acontece nos dois sentidos: os distúrbios da oclusão descompensam o sistema tônico postural e os distúrbios posturais desequilibram o sistema estomatognático e são um obstáculo à sua correção. A posturologia permite em todos os casos, a obtenção de resultados mais rápidos evitando perturbações frequentemente desastrosas para o sistema postural. Aprender a administrar o estresse é igualmente um ponto importante da terapêutica: o paciente deve aprender a relaxar seu queixo principalmente antes de dormir e diversas técnicas podem ser utilizadas.
O USO DO HIPERBOLÓIDE:
É evidente que as disfunções temporomandibulares afetam diretamente a má postura, necessitando de uma avaliação completa para evidenciar quais são os fatores que desencadeiam isso. Ao termino dessa análise, o Hiperboloide é uma ferramenta mastigatória capaz de auxiliar de maneira eficiente no tratamento de DTM, consequentemente ajudando no realinhamento postural (CHEIDA, 2004). Há a necessidade do atendimento completo, tratando não somente a deficiência, mas também o fator causal, necessitando assim o do Hiperboloide.

REFERÊNCIAS:
ARAGÃO, W. Respirador bucal. Jornal de Pediatria. v. 64, n.8, p. 349-352, 1988.
ARELLANO, J. C. V. Relação entre postura corporal e sistema estomatognático, Curitiba, v. 2 , n. 6, p. 155 – 164, abr./jun. 2002.
ASCH, M. M.; RAMFJORD, S.P.; SHIMIDSEDER, J. Oclusão. São Paulo: Pancast, 2001. 1 – 181 p.
BIENFAIT, M. Estudo e Tratamento do Esqueleto Fibroso, Fáscia e Pompage. São Paulo: Summus, 1999. 107 p.
BRICOT, B. Posturologia . São Paulo: Ícone, 1999. 265 p.
CATACH, C.; HAJJAR, D. Má oclusão e postura. In: Nova visão em ortodontia-Ortopedia facial. São Paulo, 1998.
FARAH, E. A.; TANAKA, C. Postura e mobilidade da coluna cervical em portadores de alterações miofuncionais. Rev da APCD, São Paulo, v. 51, n.5, mar/abr. 1997.
FERRAZ JUNIOR, A. M.; GUIMARÃES, J. P.; RODRIGUES, M. F & col. Avaliação da prevalência das alterações posturais em pacientes com desordem
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